terça-feira, 19 de junho de 2007

Uma nova geração

Desanimador para alguns líderes (leigos) perceber que por mais que se esforcem e corram atrás de apoio para que seus ministérios se desenvolvam, travam na burocracia eclesiástica, ou na indiferença pastoral, ou na superficialidade de outros líderes.

Desanimador reconhecer que a superficialidade de alguns líderes se dá porque são reflexo de suas igrejas. Assim, como é triste perceber que a dificuldade de apoio tem como sua raiz a desarmonia entre as igrejas. Pior ainda é constatar que a indiferença, a burocracia e a visão míope pastoral é a maior responsável pela desenvoltura medíocre, quando não terrível, das extensões ministeriais de nossas igrejas, como AMDE, UJUBRE, SAIBRES e UHBRESP.

Desanimador detectar poucos com real disposição de se doar para que todos recebam.

Animador lembrar que independentemente de qualquer coisa, nosso serviço (nosso ministério) é nossa maior expressão de adoração ao Senhor. Somos chamados, capacitados e responsabilizados em proclamar a glória do Senhor. “Somos raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamarmos as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2.9).

Animador visualizar a mudança na próxima geração, acreditando que a semeadura não será em vão, já que por diversas vezes se fez necessário a morte de uma geração para que a renovação fluísse. [Sinto um respirar de novos ares em alguns candidatos a líderes na geração jovem, apesar de que percebo um certo continuísmo em outros]

Animador enxergar tudo isto como desafio. Como seria sonolento o ministério se tudo estivesse em seu perfeito lugar, sem a necessidade de aperfeiçoamento.

Espero que a próxima geração viva baseada no entendimento de que a experiência proposta por Deus é mais desejável do que qualquer coisa que satisfaça ao homem, seja no prazer externo, seja no interno, no pessoal. A vida cristã a qual somos chamados a viver, não é uma teologia de pontapé, de indiferença, de frieza nos relacionamentos, de disputa entre a inveja e o egoísmo, mas sim a teologia da espiritualidade autêntica que produz uma vontade de servir a Deus. Uma vontade que quebra a arrogância do mais saber, do mais ser, ou do mais querer.

Trabalho para que a próxima geração viva o prazer de adorar a Deus sem segundas intenções. O prazer de estar junto ao seu povo, louvando-o sem pedidos. O prazer de simplesmente admirá-lo. O prazer de sentir e de expressar sua alegria. O prazer de estar ao seu lado. O prazer de servi-lo por amor, como expressão de louvor. Esta espiritualidade é a única coisa que cura o interior do homem e produz verdadeira satisfação.
Humanamente desanimador, porém, divinamente animador. A expectativa divina há de prevalecer sobre nossos ministérios. E, enfim, sobre o movimento batista regular. Oxalá!