sexta-feira, 20 de junho de 2008

Cresçamos!

Os da direita embicam cada vez mais para seu lado. Os da esquerda, da mesma maneira para o lado oposto. Os do centro (existem?) não sabem para onde ir. Como unir este povo tão dividido por suas convicções?

“Seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” (Efésios 4.15).

Gosto deste texto! Aprecio a revelação do Senhor por meio da visão, e sabedoria de Paulo. Temos muito a aprender com este texto de simples entendimento, mas de profunda aplicação para o desenvolvimento de nosso movimento, buscando a edificação no Senhor.

Primeiro, “seguindo a verdade”. Seguir a verdade, que é o próprio Cristo, é passo essencial para todo o que é seu discípulo. Não é qualquer verdade, nem tão pouco “a nossa verdade”, mas Cristo, como o apóstolo apresenta nos versículos anteriores.

Segundo, “seguindo a verdade em amor”. Não é somente a assimilação do que compõe a verdade, o que em parte vemos sistematicamente através da doutrina, mas a incorporação da verdade, em amor. Aliás, esta verdade, que é Cristo, em sua essência não existe sem amor. Esta verdade aponta para o amor, caminha pelo amor, suporta por amor, é o amor.

Terceiro, “seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo”. Uma vida na verdade, e através da verdade, que é Cristo, alicerçada por Seu amor, tem como única conseqüência o crescimento, e como o apóstolo afirma: em tudo. Crescimento espiritual, refletido através da maturidade, da serenidade nas resoluções tomadas. Crescimento moral, observado por atitudes eticamente equilibradas, e em nada conflitantes com a verdade. Crescimento social, visível nos relacionamentos saudáveis, a começar pela liderança, pelos pastores, sendo reproduzido nos membros, criando amizade, parceria, desenvolvimento para a glória do Senhor. Crescimento material, resultado da unidade entre as igrejas que compõem o movimento. Enfim, crescimento em tudo!

Quarto, “seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo”. Todo o processo, bem estruturado, bem amarrado, seguindo os princípios daquele que é Senhor da Igreja. O que nos cabe é o desejo de ser-lhe fiel, como nos apresenta o apóstolo na continuação do texto: “todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor” (v. 16).

Priorizamos a fidelidade ao Senhor por meio de seus princípios. Mas para que esta fidelidade seja completada, faz-se necessário transformá-la em algo visível, palpável, experimentável nos relacionamentos, nas parcerias de trabalho, na serenidade nas decisões.

Sonhamos com um povo batista regular maduro, modelo na verdade, no amor, no crescimento, enfim no relacionamento com o Senhor, observado no relacionamento entre nós.
Cresçamos, unidos no Senhor!