sexta-feira, 10 de novembro de 2006

O Cuidado no falar.

“Eu tenho uma ‘boa’, mas é segredo”.
“Eu tenho um segredo, mas é ‘bom’”.
“Minha boca não deve..., mas eu falo”,
“Seus ouvidos não podem..., mas eu conto”.

É a arte do incrementar a surdina,
É o aguçar do pecado ao arrepiar a língua,
É a comunicação da desgraça,
E o enterrar o próximo a mingua.

O cuidado no falar, o prazer no edificar,
Deve ser o alvo de quem foi alvo do perdoar.

Despedindo a ira, a mentira e a maledicência,
Empregando o amor, a verdade e a bondade,
Tenha como conselheira a misericórdia
E como próximo a dignidade.

Wagner Amaral
Sobre o cuidado no falar

26/11/2004

terça-feira, 7 de novembro de 2006

Pastores como "membros indesejáveis"

Todo pastor visualiza uma igreja assídua e participativa, tendo cada membro como um expoente de sua visão ministerial, uma visão otimista, uma visão comunitária. Buscando transformar sua expectativa em realidade, conclama os membros a estarem em todas as programações, a sentarem-se na frente, a serem ativos, demonstrando seu amor uns pelos outros.

A palavra de muitos pastores sobre os membros que não se encaixam neste perfil progressivo é a de desolação ou de crítica, percebida por meio de reclamações, ou de comentário desnecessários, desagradáveis, desprovidos de direcionamento ético.

Para mim, o mais impressionante (pecaminosamente incrível) é como muitos pastores quando na condição de participantes, de membros, em associações, pastorais ou denominacionais, agem exatamente como os “membros indesejáveis”. Não são assíduos, nem participativos. Não são amáveis, quando muito são “cordialmente políticos”. Não cooperam financeiramente, irando-se quando chamados à responsabilidade. Possuem, inclusive, a tradicional mania de sentar-se atrás, não gostando do chamado à frente, a mesma que fazem, quando em suas igrejas, ao membro que insiste em sentar-se nos últimos bancos. Enfim, pastores que agem como os “membros indesejáveis”.

Todo pastor espera que os membros participem das discussões, e saiam das assembléias compactuados com a decisão assumida pela maioria, sem murmurar ou deixar de participar por ter sido voto vencido, entendendo que a vontade do Senhor foi manifestada na decisão majoritária. Todo pastor espera que os membros priorizem os programas da igreja, planejados com o propósito de edificar a todos, trazendo crescimento à comunidade. Diante disto, torna-se absurdo perceber pastores que ao contrário do que ensinam e esperam dos membros de sua comunidade, agem discordante e desagregadoramente, ignorando o planejamento de seu movimento, não priorizando o seu crescimento, agendando programas para as datas anualmente conhecidas de atividade dos adolescentes, dos jovens, das mulheres e dos homens. Enfim, pastores que agem como os “membros indesejáveis”.

Percebo, em meio a esta triste realidade, o porque de alguns membros serem insistentemente indisciplinados. Entendo o porque de algumas igrejas não terem uma visão agregadora e espiritual. Como afirma o ditado: “A igreja é a cara de seu pastor”. Evidentemente que há exceções para esta afirmação, criando o entendimento de que cada caso é um caso; no entanto, em muito, alguns membros e algumas igrejas não crescem porque há muitos pastores que vivem como os “membros indesejáveis”.

Que tipo de pastor você é?
Os membros de sua comunidade estão de olho em você!