sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Viver

“O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância” (João 10.10).

Eu sei! A realidade humana é triste, fria e cruel. Mesmo com lampejos de sanidade moral e espiritual, quando surge fina paisagem de amor, de afeição, redundando em momentos de sorrisos, de satisfação; a parte nublada da vida humana é assustadora com seus trovões, relâmpagos, tempestades de ódio, de hipocrisia, de cobrança e da mais terrível indiferença.

O que é a vida para o homem? Nasce dependente, segurando mãos fortes e simpáticas, cresce independente, segurando mãos convenientes; e então, formado, vive a crise existencial entre o ser e o não ser, entre o ser humilde ou pedante, o ser vitorioso ou fracassado, o prevalecer Cristo ou a si próprio.

O que é a vida para o homem? Depois de “formado” é a morte. Muitos possuem medo assombroso da vida e não da morte. Ao contrário, lidam com a morte como simpática amiga, tamanho o medo da vida, o medo de ser exposto, de fracassar. Esta simpatia pela morte se dá pelo medo de não saber viver, por isso, mesmo estando vivo, respirando, muitos estão jazendo, levando a vida em compasso de morte com sua visão negativa, pessimista, com sua não-participação egoísta, com sua indiferença a tudo o que ouve e vê, incluindo o evangelho, não sendo envolvido e consequentemente não se envolvendo. O resultado? Morte. A pior de todas, a morte em vida.

O que é a vida para o homem? A resposta divina é Cristo. Ele veio para dar vida, e vida abundante. Não veio simplesmente como expressão da vida, mas sendo a própria vida que renova a vida no homem morto, perdido em meio a um mundo tenebroso, pintado pelo pecado que a todos assedia, domestica e vicia.

O que é a vida para o homem? A vida que Cristo trouxe ao homem. O evangelho vivido, chorado, curtido, gritado por um coração sem medo da autenticidade, da exposição, sem o desejo da vitória a todo custo, daquela cujo único objetivo é a vanglória. A vida em Cristo evita o matar, o roubar, o destruir em prol de todo e qualquer propósito. A vida em Cristo assume a característica teimosa do enxergar o outro sem rótulos, do perdoar, do dar, enfim, do amar.

Viver não é conquistar, mas sim ser conquistado por Cristo Jesus!

domingo, 17 de dezembro de 2006

O projeto de Deus é missionário

"Um jovem norueguês chamado Peter Torjesen, na idade de 17 anos, se sentiu tocado em seu coração, por contribuir tanto para a obra missionária, que pôs na sua oferta tudo o que tinha em sua carteira, e depois de pensar rapidamente, escreveu também num pedaço de papel, o seguinte: 'E minha vida'. Há registros de que o jovem Peter Torjesen teve, depois, uma vida frutífera como missionário na China."


O projeto de Deus é missionário.
Vou além: Deus é missionário.

Quando nos atentamos para o agir do Senhor e seus objetivos enxergamos o teor missionário no todo:

Criou uma outra realidade, algo transcultural.

Todo seu envolvimento com o mundo, com o homem é algo transcultural, com objetivos salvíficos.

Sua revelação, a Bíblia, é uma composição e comunicação transcultural. Uma composição formada em 1500 anos, contando com a participação de várias culturas, línguas, nações.

Veja o conteúdo de Sua revelação: A promessa de um missionário. A chamada do missionário Abrão. A chamada do missionário Moisés. A formação de um povo missionário, Israel. A promessa de um povo ainda mais missionário, a Igreja. Uma ordem missionária: “Indo, fazei discípulos de todas as nações”. Um objetivo missionário: Transformar homens pecadores em discípulos adoradores. Uma promessa missionária: Vida em uma outra realidade, uma outra cultura.
Cristo veio ao mundo, com uma missão, um missionário transcultural, deixando sua glória, sua realidade celestial, para pregar a um mundo terreno, a pessoas completamente diferentes dele, que tinham sérias dificuldades em entendê-lo (João 1.10-14; Mateus 20.28).

E como missionário encarnado, Cristo serviu de modelo aos demais missionários, colocando como prioridade o agradar a Deus, servindo com o seu sacrifício (João 6.38-39).

E como resultado final, por toda eternidade, teremos o efeito missionário, com pessoas de todas as línguas, raças, tribos e nações, adorando ao Senhor (Apocalipse 7.9-12).


Irmãos, a Igreja é um povo com vocação missionária, este é o seu propósito (1 Pedro 2.9). Por isso, quando realçamos o viver e o ministério de vidas missionárias, estamos realçando o propósito do nascimento, vida, morte, ressurreição e glorificação de Cristo.

Por isso o apóstolo Paulo dizia: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1). “Porque se anuncio o evangelho não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho, por isso tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele” (1 Coríntios 9.16,23).
Considerar o nascimento de Cristo é maravilhoso, mas melhor ainda é considerar o propósito de seu nascimento e vivê-lo.