"Um jovem norueguês chamado Peter Torjesen, na idade de 17 anos, se sentiu tocado em seu coração, por contribuir tanto para a obra missionária, que pôs na sua oferta tudo o que tinha em sua carteira, e depois de pensar rapidamente, escreveu também num pedaço de papel, o seguinte: 'E minha vida'. Há registros de que o jovem Peter Torjesen teve, depois, uma vida frutífera como missionário na China."
O projeto de Deus é missionário.
Vou além: Deus é missionário.
Quando nos atentamos para o agir do Senhor e seus objetivos enxergamos o teor missionário no todo:
Criou uma outra realidade, algo transcultural.
Todo seu envolvimento com o mundo, com o homem é algo transcultural, com objetivos salvíficos.
Sua revelação, a Bíblia, é uma composição e comunicação transcultural. Uma composição formada em 1500 anos, contando com a participação de várias culturas, línguas, nações.
Veja o conteúdo de Sua revelação: A promessa de um missionário. A chamada do missionário Abrão. A chamada do missionário Moisés. A formação de um povo missionário, Israel. A promessa de um povo ainda mais missionário, a Igreja. Uma ordem missionária: “Indo, fazei discípulos de todas as nações”. Um objetivo missionário: Transformar homens pecadores em discípulos adoradores. Uma promessa missionária: Vida em uma outra realidade, uma outra cultura.
Cristo veio ao mundo, com uma missão, um missionário transcultural, deixando sua glória, sua realidade celestial, para pregar a um mundo terreno, a pessoas completamente diferentes dele, que tinham sérias dificuldades em entendê-lo (João 1.10-14; Mateus 20.28).
E como missionário encarnado, Cristo serviu de modelo aos demais missionários, colocando como prioridade o agradar a Deus, servindo com o seu sacrifício (João 6.38-39).
E como resultado final, por toda eternidade, teremos o efeito missionário, com pessoas de todas as línguas, raças, tribos e nações, adorando ao Senhor (Apocalipse 7.9-12).
Irmãos, a Igreja é um povo com vocação missionária, este é o seu propósito (1 Pedro 2.9). Por isso, quando realçamos o viver e o ministério de vidas missionárias, estamos realçando o propósito do nascimento, vida, morte, ressurreição e glorificação de Cristo.
Por isso o apóstolo Paulo dizia: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo” (1 Coríntios 11.1). “Porque se anuncio o evangelho não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho, por isso tudo faço por causa do evangelho, com o fim de me tornar cooperador com ele” (1 Coríntios 9.16,23).
Considerar o nascimento de Cristo é maravilhoso, mas melhor ainda é considerar o propósito de seu nascimento e vivê-lo.