sábado, 14 de junho de 2008

Qual é a sua identidade?

Pertencemos a um mesmo movimento (batista regular). A mesma associação (seja estadual ou nacional). Temos o mesmo objetivo (adorar ao Senhor, contribuindo com a evangelização e a edificação para o crescimento de seu Reino). Usamos todos os mesmos princípios (através das Escrituras). Caminhamos na mesma estrada teológica (conservadora, isto é, não liberal, nem neo-ortodoxa). Além disso, pertencemos à mesma Ordem de Pastores; e nos cumprimentamos, com largos sorrisos, nos mesmos prédios, onde freqüentamos as mesmas reuniões, conferências, etc.

Por que não somos verdadeiros irmãos; trabalhando juntos, com autenticidade, verdade e alegria para o Senhor? Por que não servimos de modelo para os membros de nossas igrejas, revelando a harmonia da Igreja de Cristo, através de sua liderança?

Creio que o problema está na questão de nossa identidade!

Qual é a sua identidade? Eu sou batista regular, o que implica em:
Ser bíblico, assumindo os princípios do Senhor como diretriz para a vida.
Ser calvinista, crendo na graça de Deus.
Ser conservador, mantendo a linha teológica ortodoxa.
Ser dispensacionalista, fazendo distinção entre Israel e Igreja.
Ser pregador das Escrituras, enfatizando a pregação expositiva.

Historicamente, essa descrição identifica um batista regular. Você consegue enxergar seu retrato dentro desta moldura?

Como disse, creio que a dificuldade está em nossa identidade; pois apesar de pertencemos ao mesmo movimento, e freqüentarmos as mesmas reuniões, não compartilhamos das mesmas convicções. Diante disto o que fazer?

Alguns pregam a harmonia, mesmo que ilusória (ou seria hipócrita?): manter as aparências; manter a superficialidade ministerial, e comportamental. Daí as associações que nada produzem, ou edificam; assim como os seminários completamente sem diálogo, formando ministros com pesos e medidas distintas, aumentando a diferença na identidade do grupo.

Outros pregam a cisão (ou seria confusão?): brigar; separar, mantendo relações com quem pensa e age como nós. Daí as discriminações, as perseguições, e as programações bairristas. O resultado é o isolamento de muitos, e a aproximação de poucos, que pouco, nada, ou quase nada, ajuda.

O que fazer?

Temos, por exemplo, cinco seminários batistas regulares no Brasil. Após tantos anos de história, estes não possuem sequer diálogo. Chega a ser intrigante observar que mesmo quando presentes a uma associação nacional, sequer sentam para um bate-papo de dez minutos. Por quê? Será por questão de identidade, ou outras razões? E pensar que eles poderiam tanto ajudar um ao outro! Mas, ao contrário, parece que a política é a do esvaziamento. Já pensou se, pelo menos, uma vez em cada dois anos, seus dirigentes se encontrassem para um diálogo? Para trocarem informações, experiências, buscando aperfeiçoar o cumprimento de seu dever? No mínimo, serviria de exemplo para seus alunos, mostrando o esforço pela unidade em Cristo.

A associação nacional vem por aí! Será que teremos alguma novidade realmente edificante?
Ah! Qual é mesmo a sua identidade?