sábado, 17 de março de 2007

Música certa

Cantai ao Senhor! Louvai a Deus!

Como Adão louvou ao Senhor? E depois Abraão, Moisés, Gideão, Davi, Asafe, Oséias, Malaquias? Como o povo de Deus se comportou individual e coletivamente na adoração a Deus através da música tocada, cantada, declamada, no período anterior a Jesus Cristo?

E a partir da presença do Messias como isso se deu? Os apóstolos, a igreja, Apolo, Barnabé, Epafras, Onésimo, Dorcas, Febe e Judas? Como Tiago, irmão de Jesus e pastor em Jerusalém pastoreou a adoração na casa de Deus? Quais seriam suas recomendações?

É claro que este louvor implica em um coração ardente e sincero por Deus, como Paulo observou aos Efésios (5.19), como também é certo sua variação (Colossenses 3.16); mas, além dos princípios divinos que servem como diretriz para o que fazemos moral e espiritualmente, em que se implica louvar a Deus, através da música?

No início a igreja carregava todo o contexto judaico em sua adoração, depois vieram as variações até chegarmos ao canto gregoriano que por muito tempo se tornou a marca do louvor. Quando Lutero introduziu o canto congregacional, levando a igreja a cantar as Escrituras, recebeu críticas de todos os lados (amigos e inimigos), foi um escândalo! Pois bem, a partir daí o canto gregoriano entrou em declínio sacramentando-se o canto congregacional com suas variações estruturais.

O que é louvar ao Senhor em Angola? O que é cantar a Deus na Rússia, ou no Afeganistão, no Canadá, ou em Israel? O que é louvar ao Senhor no Brasil? Qual a música adequada? Seria com o ritmo historicamente brasileiro? Mas, qual é o ritmo brasileiro, e qual a diferença entre o adotá-lo socialmente e ministerialmente?

Pois bem, estou interessado em ouvi-lo. Tenho o que dizer, mas prefiro começar ouvindo, e aprendendo.

Se desejar sigilo absoluto (rsrsrs) envie-me suas observações por e-mail:

prwagneramaral@uol.com.br

9 comentários:

Agrimar disse...

Louvar a Deus!

O louvor tem que ser diário e constante através de uma vida na presença dEle e em obediência aos ensinos da Palavra dEle.

Quanto ao louvor musical e congregacional entendo que nossas fraquezas nos levam, sutilmente, a pensar que o louvor que agrada a Deus é aquele que nos agrada e que não nos escandaliza. Se nos sentimos bem louvando, concluímos que Deus está gostando, mas se algo nos escandaliza então pensamos que Deus também não está gostando. Isto é uma contradição ao ensido de Paulo que disse que, irmãos fracos podiam se escandalizar por algo que não era necessariamente pecado.

Por mais que digamos que o louvor que agrada realmente a Deus é aquele prestado de coração sincero, na prática costumamos condenar outros por motivos externos, já que não podemos ver os corações deles.

Precisamos, desta forma, avaliar o nosso próprio louvor porque o nosso coração está mais acessível a nós mesmos e não cair no erro de condenar outros indevidamente. Nâo estou dizendo que devemos ser complacentes e aceitar todo tipo de aberração, mas termos cuidado para não falar de outros só porque estão fazendo algo melhor, mais bonito, cujo padrão não temos alcançado e, como as doutrinas deles não são igualzinhas às nossas, então vamos criticá-los.

O louvor que agrada a Deus deve vir de um coração grato, que se preparou, desejando aquele momento de demostrar gratidão por tudo que Ele é, tem feito e fará.

Quanto aos meios (instrumentos e ritmos), devem ser usados aqueles que não escandalizam os membros da igreja local, porque eles em si não são nada, mas o encandalizar é pecado.

O Novo Testamento mostra os ítens que o culto deve conter, mas não especificou detalhadamente como cada um deles deveria acontecer. Assim não podemos dizer com toda certeza que o nosso jeito é o certo e único, até porque o que dizer de tantos crentes fiéis que viveram antes de nós durante o decorrer da história que tinham um louvor diferente do nosso? Estavam todos errados e agora chegamos nós com uma "revelação" de como deve ser o verdadeiro louvor?

Portanto, louvemos a Deus de coração, como fruto de lábios que confessam o seu nome. Avaliemos o nosso coração e não o dos outros. Peçamos a Deus que nos responda a pergunta: Estamos te agradando Senhor? Se não, nos dá o discernimento necessário.

Anônimo disse...

Penso que se Paulo vivesse nos nossos dias,em primeiro lugar ele iria estudar a cultura do povo a quem vai apresentar a msg do evangelho,para que seja a presentado não só na lingua como na cultura de cada povo.Pois não é povo que tem que abandonar a sua cultura, mas é o povo que tem que se integrar culturalmente.Se Paulo ressustasse e entrasse na nossa igreja ele ficaria admirado e talvez escandalizado com o piano o orgão eletronico e o violão e talvez se sentisse mais indentificado com tambor e a música esponea de um igreja africana.
Há muitas culturas e muitas formas de louvar ao Senhor,sou aberta a todas a formas de louvar ao Senhor afinal sou jovem ne Pastor...rsrsrsr. Portanto devemos tomar cuidado de não agredir nossa cultura.Não podemos ignorar que a igreja do Senhor está dividida em varios povos,linguas e culturas. Até porque quando a grande multidão que ninguem podia contar, todas as nações,tribos povos e lingua.... que vemos em apocalipse 7:9 tiver de louvar ao Senhor,não haverá mais problema de lingua e traduções, culturas ou instrumentos musicais pois ele nos dará o novo cantigo previsto em apocalipse 5:9 Que Deus abençõe nosso louvor e nossa adoração que seja somente a ele ....De sua ovelha. Gersinia

Anônimo disse...

Caro Pastor Wagner,

Tocaste em uma ferida ao tratar deste assunto.
Há 13 anos sou músico em uma Igreja Batista Regular e já ouvi de tudo à respeito de música, louvor, adoração, canto, etc. No entanto, nada que ouvi contribuiu para a formação de minha convicção neste tema, pois a argumentação de alguns de nossos pastores é extremamente vaga e carregada de "achismos". Certa ocasião li um artigo de um pastor de nosso meio que argumentava que a bateria é um instrumento demoníaco, pois sua origem está nos batuques da África! Que preconceituoso hein! Então a música clássica européia é santa e o batuque africano é pagão!

Outra ponto: O endeusamento do cantor cristão.
Praticamente aprendi a ser músico tocando os hinos de nosso cantor. Gosto de praticamente todos eles, são ricos de melodia, excelentes em letras, a sua poesia é inigualável.
Porém, o posto que o c.c é colocado hoje me incomoda. Alguns atribuem à ele um caráter de inerrância, extraindo uma característica única e exclusiva da Bíblia. Determinados crentes exigem que em todos os cultos sejam cantados hinos, os corinhos são sempre visto de forma preconceituosa, enquanto os hinos do cantor cristão tem presunção de verdade absoluta.
Não quero abolir nosso cantor de nossas igrejas, de forma alguma, mas o destaque doutrinário que ele possui é um pouco exagerado.

Ainda há outros assuntos, mas por enquanto fico somente com estes pontos.
Obrigado

Denilson de Andrade
Igreja Batista Regular de Mucuripe
www.flogao.com.br/ibrmucuripe
Também estamos no youtube.com

Anônimo disse...

No meu ver a musica foi criada por Deus antes da criação do mundo (Jó 38:4-7). E se Ele a criou, é certo de que se alegra quando o louvamos através dela.
O que temos que ter em mente é que esse louvor tem que ser respeitoso. Tem que haver reverência, por que não estamos cantando para qualquer João Ninguém, nós estamos cantando para o maior entre todos, o Criador, o Rei do Universo, o nosso Poderoso e Majestoso Deus. A musica eu vejo como uma oração ao Pai. O ritmo dessa música não é importante, pois deve ser aquele que nos fala à alma, que faz despertar dentro de nós sentimentos, e sentimentos puros, porque estamos nos comunicando com o Pai, e Ele não se agrada dos sentimentos mundanos. Precisamos estar atentos, porque o louvor não é para os homens. E sabemos que quando assim fazemos, a tendência da natureza humana é se revelar ao outro, através da sensualidade, o que pode despertar em alguns sentimentos e ações que não santificam e nem edificam ninguém. O mesmo eu acredito que se aplica à dança. Se ela é mencionada na Bíblia é porque Deus se agrada dela, levando em conta os mesmos princípios aplicados a musica.

Wagner Amaral disse...

muito bem!
valeu pelas opiniões expressadas até aqui, tanto no blog quanto no email. por enquanto estou lendo, refletindo e admirando a diversidade. Em breve darei sequência ao assunto.

Anônimo disse...

Ultimamente tenho refletido naquela passagem em 1Cronicas 15:25-29, em que Davi vem à frente da arca da Aliança dançando. Fico imaginando a alegria,a sinceridade e espontaneidade deste ato. Um louvor sincero, genuíno.Ele estava feliz e com coração transbordante,louva ao Senhor com todo o seu ser. Pra mim o louvor deve ser assim, deve refletir o nosso sentimento para com o Nosso Senhor.
O Salmo 150 nos incentiva a louvar ao Senhor com instrumentos diversos e até com danças, porque entao nao o fazemos? As pessoas daquela época o faziam?
Será preocupaçao em escandalizar? Serao as regras?
Davi louvou sem se preocupar com regras, ele fez num momento de grande alegria e Deus se agradou.
Eu acredito que muitas regras minam a espontaneidade.Deve sim, haver decência e ordem,afinal estamos diante de Deus, um Deus de ordem.

Anônimo disse...

LOVOR...
Homenagear, tecer elogios, reconhecer atributos e destaca-los...
Muito fácil a definição quando uso todos estes sinônimos em relação a alguém!
Mas quando o assunto é louvar a Deus, passamos do estado simplista e entramos numa esfera surpreendente e até assustadora, por que para louvar alguém, temos de mais nada conhecer o "símbolo" de noso louvor.
Conehecer a Deus leva para um segundo passo que é mudança de vida, por que não temos como conhecermos a Deus permanecermos o mesmos, o que nos leva a um terceiro passo que é termos um relacionamento com Ele...
Ufa! A partir daí, posso começar a querer louva-lo de verdade...
Mas antes de soltar minha voz para louva-lo, tenho de começar louvando-O com a minha vida, com minhas atitudes, escolha e comportamento e se chego a esse patamar o restante é consequência:
as músicas que canto serão cantadas para agrada-lo, cada letra será avaliada por que Ele é meu Deus e merece o melhor, os ritmos serão afunilados por que para Deus até a arte deve ter coerência e lógica.
Por outro lado, saberei ter humildade para tolerar algumas outras coisas que não são tanto de meu agrado (afinal de contas a música será para Ele e não para meu deleite pessoal) respeitando assim, os gostos e a mentalidade musical de cada pessoa, por que se o louvado é abundante em misericórdia por que não posso ser?
Enfim... não importa se é com palmas, com bateria, com coreografia...o que importa é somente a motivação certa de querer louvar a Deus com toda vida, como se cada cada minuto fosse uma expressão genuina de louvor ao Senhor.

Anônimo disse...

Como julgar a música certa? Como acertar a música? Como atingir "em cheio" o Adorado? Como ser um bom adorador? Como fazer minha adoração alcançar meu Adorado e agradá-Lo?: com mãos para cima?Com mãos para baixo? Com danças "mansas"? Parado? Com rompantes de alegria? Com lágrimas nos olhos? De olhos fechados? De olhos abertos?
E então? Como louvar a Deus sem escandalizar?
Quem sou eu para julgar, não é mesmo? Tudo o que sei é que a adoração é a razão de ser da Igreja de Cristo. Inserida nela está o adorador (eu e você), o Adorado (nosso Deus Maravilhoso) e o meio da adoração (antes de usarmos os instrumentos como meio,usemos primeiramente nosso coração). Em Angola, o adorador louva de acordo com sua cultura, seus instrumentos,seu ambiente,etc. Na Rússia, idem, no Brasil, idem..."Todo ser que respira, louve ao Senhor"...
Todos já sabemos e é ponto pacífico: um coração sincero e apaixonado por Cristo, é imprescindível! A partir daí, o Pai recebe o seu louvor, a sua adoração, como Ele recebe você: com infindável amor e misericórdia e com total conhecimento de você!
Louve ao Senhor com total amor à Ele e o seu louvor, adorador, será o correto.Ordem, decência, respeito... isso tudo é conseqüência de seu amor por Ele.
Um grande abraço!

TAMonteiro disse...

Vou aproveitar a tarefa de resumir um livro sobre a Imagem de Deus no homem para um curso do seminário e colcar um texto que talvez ajude as pessoas a pensar antes de negar algum tipo de louvor a Deus apenas pela forma "estranha" ou "diferente":

"Não há sequer um indivíduo humano ou grupo que possa plenamente trazer ou manifestar tudo o que a imagem de Deus envolve, de forma que essa imagem é, em determinado sentido, coletivamente possuída. A imagem de Deus é, assim, dividida entre os vários povos da terra. Observando diferentes indivíduos e grupos, conseguimos entrever diversos aspectos da plena imagem de Deus. (Richard Mouw, em "When the Kings")

Portanto, supondo que se estamos dentro dos princípios de verdadeira adoração (que o Wagner explicou em seu texto), o método pouco importa. A única barreira que entendo ser possível seria a de escandalizar o próximo, porém os cristãos maduros deveriam deixar suas rabugices de lado e se preocupar apenas em louvar a Deus ao invés de se apegar ao método e se escandalizar com qualquer coisa que fuja do seu limitado mundinho.

Thiago André Monteiro
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