quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Nome de que vive, mas está morto

“Conheço as tuas obras, que tens nome de que vives e estás morto” (Apocalipse 3.1b). Esta afirmação é feita por Cristo à igreja em Sardes. Nome, posição, obras, tudo o que é esperado de uma igreja. Porém, morta!

A ênfase nesses casos não está na ausência de atividades, ou mesmo, de responsabilidades. Como a carta revela, a Igreja em Sardes tinha obras a apresentar; porém, não íntegras: “não tenho achado íntegras as tuas obras” (v. 2b). Assim, a ênfase recai sobre a motivação; sobre a intenção do coração.

Igrejas a cada dia mais próximas do ativismo estrutural, e mais distantes do prazer da companhia de seu Senhor, e do cuidado para com os seus. Pastores e líderes paulatinamente mais profissionais, e menos espirituais. Crentes perdendo o primeiro amor (assunto da primeira carta, a Éfeso), e jazendo em seus sonhos e projetos de gigantismo pessoal. Possuem obras! Há crescimento numérico. Há organização, variedade, e sensação de “dever” cumprido. Mas não há paz! Não há efervescente prazer no Senhor. Não há vida, revelada na crescente amizade entre os irmãos; na aplicação contínua dos princípios divinos; e, na livre, e doce, manifestação de adoração.

Diante desta realidade há uma tremenda urgência de quebrantamento. “Sê vigilante e consolida o resto que estava para morrer. Lembra-te do que tens recebido e ouvido, guarda-o e arrepende-te” (vv. 2a, 3a). É Cristo convocando a um acordar para a realidade, e um conseqüente quebrantar. E isto, por meio de dois passos fundamentais: Primeiramente, arrependimento. Reconhecer o erro. Assumir falência no governo de sua própria vida. E, em segundo lugar, um viver pelos princípios do Senhor. Um lembrar-se do que tem recebido, e guardar, isto é, considerar. Viver, como escreveu Tiago: “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (1.22). Seria um recomeço. Um abandonar da morte em vida, e um assumir da vida em morte: morte do eu para um viver em Deus.

O nome, a posição assumida e guardada, as obras, tudo tem seu valor; mas, se no coração não houver vida, de nada valem. Se o combustível para tudo não for a humildade no Senhor, o amor por ele, manifestado aos irmãos, e o prazer interminável em viver aquilo que ele doa; haverá morte. Respiração, porém, sem esperança.

Somos exortados a assumir o nome de “Cristo”. Assumir nossa posição nele. Nossas obras serem “nosso culto a ele”. Nada em nós, nada de nós, muito menos para nós. Pois, não devemos morrer com nosso nome, nossa posição, e obras, que nada podem. Mas sim viver em Cristo, por ele e para ele, sempre.

4 comentários:

Anônimo disse...

Há muito tenho pensado em como mudar essa situação, e fica sempre mais fácil aderirmos a maioria, do que tentar fazer a mudança sozinha.
Mas, se eu e Deus somos maioria???
Então descubro que realmente existe algo errado e mais profundo.
Sera que vivermos como marionetes, não seria mais facil, para evitarmos o marasmo da vida Cristã? e os erros?
Por que vivemos tanto nesse dilema de fazer o que não quer e o que queremos não fazemos?
"Muleta" para a vida de pecado?
Temos que reagir. Temos que praticar a palavra de verdade e não ficar esquentando os bancos da igreja, pois para isso, ja tem gente o suficiente.

Obrigada pela espaço para desabafo.

nenhum disse...

Nem sempre a fama corresponde a realidade, nem sempre o que os homens pensam de nós, é o que Jesus pensa de nós. Com Deus não vale o ditado "faça fama e deite-se na cama"

Unknown disse...

Venho sofrendo tanto por ver a situação da igreja hoje! Tenho clamado por quebrantamento/arrependimento começando por mim. E, sinceramente, não sei o que é pior:uma igreja num ativismo estrutural com pastores profissionais ou, uma igreja morna, com pregações vazias. Anseio por uma igreja saudável cujos membros tenham seu corações quebrantados pela pregação de pastores que também tenham corações quebrantados diante do Senhor!
Que Deus tenha misericórdia de nós!

Anônimo disse...

perfeito esse tema tens famas que vives mais estas morta,que Deus posso me despertar como pecador que sou junto com toda a sua igreja pois se não o senhor está preste a vir como um ladrão.